Mukeka Di Rato, um dos nomes mais importantes do hardcore brasileiro, está de volta com um novo trabalho de estúdio. Em Boiada Suicida (2022), a banda formada por Fepaschoal (voz, guitarras), Paulista (guitarras, vozes) Mozine (baixo, vozes) e Brek (bateria) entrega ao público uma de suas obras mais provocativas. A exemplo do Ratos de Porão, em Necropolítica (2022), o quarteto capixaba se aprofunda na construção de um repertório que reflete o atual cenário político do país negligenciado por Jair Bolsonaro.

Com produção assinada por Rafael Ramos (Los Hermanos, Pitty), o trabalho que chega pela DeckDisc teve algumas de suas composições reveladas ao público nos últimos meses. É o caso da intensa Humano Fracasso, música que clama pela “cabeça do homem de bem“, e Milico. O destaque acaba ficando por conta da inusitada releitura de Pedrada, música originalmente apresentada por Chico César no álbum O Amor É Um Ato Revolucionário (2019), porém, adaptada ao som produzido pelo grupo de Vila Velha.